O Concílio Vaticano II tinha como proposta uma grande mudança em toda a Igreja: fazer com que todos os fiéis pudessem verdadeiramente assumir o seu batismo. O desejo era que os fiéis pudessem participar da sagrada liturgia de forma ativa, consciente e plena. Que todos pudessem viver melhor o mistério do Reino de Deus (Sacrosanctum Concilium 14).
Por isso a Igreja prepara para os fiéis esses tesouros da salvação através da Palavra de Deus. O centro da escolha das leituras é o Evangelho. O Evangelho tem como parâmetro toda a celebração. A partir do momento em que o Evangelho foi escolhido e condiz com aquele mistério que está sendo celebrado, escolhe-se as leituras do Antigo Testamento.
O Antigo Testamento é tido na Igreja pelos Santos Padres como sendo um período de sombra de tudo aquilo que depois iria acontecer, que é o Novo Testamento. O Antigo Testamento é a sombra e o Novo Testamento a realidade, ou seja, o que é prometido acontece.
Aos domingos tem a segunda leitura, geralmente a segunda leitura narra os fatos acontecidos na comunidade pós-pascal que vai dos Atos dos Apóstolos até o Apocalipse, que vai manifestar para a comunidade de fé a experiência pós-pascal, ou seja, a experiência do ressuscitado no meio da comunidade.
As leituras do Evangelho são divididas em ano A, B e C. O ano A, Mateus, o ano B, Marcos e o ano C, Lucas, incluindo neste mistério o Evangelho de São João. João permeia os momentos importantes e significativos da Igreja, por isso em alguns momentos se proclama o Evangelho de João. No período de três anos, quem participa todos os domingos das missas conhece e medita as partes centrais de toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.
Fonte: Revista Comunidade, da Arquidiocese de Londrina
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