Os livros de histórias contam que há 196 anos, dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil. Por isso, todo dia 7 de setembro é feriado. Mas será que somos realmente independentes? No dicionário um dos significados do verbete independência é: “caráter daquilo ou daquele que não se deixa influenciar, que é imparcial, imparcialidade”.
Realmente não nos deixamos influenciar? No próximo dia 7 de outubro, os brasileiros são convocados a irem às urnas escolherem os novos governantes. Um direito que a independência confere. Mas como nós brasileiros vamos exercer esse direito?
Papa Francisco disse, aos políticos latinos-americanos, em dezembro de 2017, que “é necessário que os leigos católicos não permaneçam indiferentes à vida pública, nem fechados em nos seus templos, nem sequer esperem as diretrizes e as recomendações eclesiais para lutar a favor da justiça e de formas de vida mais humanas para todos”.
O arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, ressalta que o atual momento político do Brasil exige uma palavra de orientação. “Infelizmente, muitas pessoas não têm orientação a respeito da eleição. É preciso fazer uma orientação histórica para que a eleição seja limpa e produza pessoas que venham contribuir com a nação”, disse.
Ele afirma que é preciso eliminar vícios históricos e ideologias que não condizem com a vocação para a paz, a vida e a misericórdia. “Precisamos de gente que se coloque contra a corrupção e mais a serviço do povo do que a grupos e corporações políticos e ideológicos”, diz.
A Cartilha de orientação política: Os cristãos e as eleições 2018, produzida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Regional Sul 2, traz embasamento para os eleitores e candidatos, independentemente do credo religioso, possa refletir sobre questões como ética, políticas e históricas do País, além do significado e importância do seu voto no dia 7 de outubro.
SETE PECADOS DO ELEITOR
1 – Não votar: Sua ausência enfraquece a democracia
2 – Vender ou trocar votos é um crime eleitoral com pena de 4 anos de prisão
3 – Não ter convicção: Não mude de opinião por influência da mídia ou amigos. Cuidado com as notícias falsas na internet
4 – Não conhecer o político, o partido e a coligação
5 – Deixar-se influenciar pelas pesquisas de intenção de votos
6 – Não respeitar a opinião do outro e considerar inimigo quem pensa diferente
7 – Deixar de acompanhar, controlar e fiscalizar o cargo do candidato eleito
Vote em quem…
Tem efetiva competência política e reconhecida capacidade de liderança
Defende a vida, desde a concepção até o seu fim natural, e a dignidade do ser humano
Defende a família, segundo o plano de Deus
Possui histórico de comprometimento com as causas dos necessitados
Tem atitude de respeito para com seus adversários políticos
Apresenta coerência entre palavras e atitudes. Escolha, preferencialmente, pessoas que possuam vínculos com a Igreja, demonstrados antes da campanha eleitoral
Apresenta uma sincera adesão aos valores cristãos
Não vote em quem…
É reconhecidamente desonesto. Não importa a sigla partidária, o credo religioso ou a posição nas pesquisas. Se é corrupto, negue seu voto
Promete fazer aquilo que não é de sua competência
Faz da política uma profissão, mantendo-se no poder há muitos tempo
Apresenta atitudes agressivas, tanto físicas como moralmente
Muda frequentemente de partido, sempre conforme suas conveniências
Atenta contra a vida dos pobres e sua dignidade
Não inspira confiança
Calendário eleitoral
Até 4 de outubro
Propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão
Até 6 de outubro
Propaganda eleitoral com carreata, caminhada, passeata e carro de som
7 de outubro
Eleição em primeiro turno
28 de outubro
Eleição em segundo turno
Fonte: Cartilha de orientação política “Os cristãos e as eleições 2018” – CNBB Regional Sul 2
Foto: Elza Fiuza/ABr/Fotos públicas
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